UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE HUMANIDADESPSICOLOGIA
DISCIPLINA: TTP I
PROFESSORA: CAMILA GUIMARÃES
NOTA DE AULA:
TRANSFERÊNCIA EM FREUD
Lugar
“O vazio
do porta-retrato
Abre espaço para uma rosto
Desconhecido.
E eu reconheço a repetição do fato:
Ali será a vitrine
Do próximo amor
Recém-nascido.”(Claudia Schroeder)
Abre espaço para uma rosto
Desconhecido.
E eu reconheço a repetição do fato:
Ali será a vitrine
Do próximo amor
Recém-nascido.”(Claudia Schroeder)
Língua
“O meu amor não merece tantos erros de português
A conjugação errada
Do passado
Enquanto a regra aponta que é presente
Que entre nós o futuro
Nunca estará ausente.
Vivemos em gerúndio
Todo dia
Nos amando, quem diria.
Por isso, o meu amor não merece
A tristeza, a incerteza, a traição
Nem tantos outros erros meus
Como o excesso de vírgulas
Pontos finais
E o uso ininterrupto
Da palavra não.
O meu amor não merece tantos erros da minha língua
Quando ela deveria apenas
Permanecer
Dentro de sua boca.”(Claudia Schroeder)
“O meu amor não merece tantos erros de português
A conjugação errada
Do passado
Enquanto a regra aponta que é presente
Que entre nós o futuro
Nunca estará ausente.
Vivemos em gerúndio
Todo dia
Nos amando, quem diria.
Por isso, o meu amor não merece
A tristeza, a incerteza, a traição
Nem tantos outros erros meus
Como o excesso de vírgulas
Pontos finais
E o uso ininterrupto
Da palavra não.
O meu amor não merece tantos erros da minha língua
Quando ela deveria apenas
Permanecer
Dentro de sua boca.”(Claudia Schroeder)
Transferência é uma pratica do desencontro, aonde
essa não se sustenta por uma relação igualitária de dois. Aonde se desliza algo
na direção do analista que advém de outro espaço e tempo do
sujeito. O lugar do
analista não é o ser, mas antes o falta a ser, o lugar de objeto a, causa do
desejo.
Na transferência se refere inconscientemente a um
objeto que reflete outro. Na
repetição da transferenccial encontramos fragmentos da vida sexual infantil,
requicios dos complexos de édipo e castração.
“Uma parte daquele impulso que determina a vida erótica, passa por todo
o desenvolvimento psíquico, está na consciência, mas outro foi retido no curso
no desenvolvimento afastado da consciência da personalidade, ficou todo no ICS,
ou nas fantasias.” (Freud)
O sujeito nunca poderá fugir ou se destituir
completamente da relação com o outro.
A resistência impede o processo de resolutividade dos
problemas. A análise abre possibilidade de criar um novo discurso, ou seja de reposicionar a relação do sujeito
com seu fantasma.
O profissional tem de renunciar sua posição
narcísica de receber o amor do outro, de saber a transferência é um erro de
pessoa, renunciar seu gozo narcísico.
Tipos de Transferências:
Positiva: amor transferencial, amor a falta.
Negativa: agressiva ou erótica, não aceitação da falta.
Contra-Transferência: é algo de não analisável no profissional, seus próprios demônios, não é simples ou fácil se colocar nessa posição de objeto a, objeto que causa o outro.
Contra-Transferência: é algo de não analisável no profissional, seus próprios demônios, não é simples ou fácil se colocar nessa posição de objeto a, objeto que causa o outro.
Freud
trabalhou com três ênfases diferentes na clínica: A primeira de tornar
consciente o material inconsciente (Interpretação
dos sonhos), a segunda o manejo da transferência e da resistência dos
pacientes (Artigos técnicos), e a
última ênfase retomada por Lacan que foi do deslocamento do paciente rumo ao
gozo, e a busca de uma dimensão ética do desejo. (Além do princípio de prazer)
Referência:
ROUDINESCO, Elisabeth e PLON, Michel. Dicionário de Psicanálise. Rio de janeiro: Zahar,1998
SCHROEDER, Claudia. Leia-me toda. Porto Alegre: Dublinense,2010.
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