É um caderno de notas, reflexões e discussões acerca da psicanálise: com análise de temas, discussões, resumo de obras pertinentes ao campo analítico e esclarecimento de dúvidas de internautas.
quarta-feira, 17 de junho de 2015
Aula dia 17 de junho
Devido a paralisação dos ônibus e questões pessoais não vai ter aula hoje de psicologia da aprendizagem e orientação profissional.
terça-feira, 16 de junho de 2015
Psicologia da aprendizagem ( abordagem humanista)
Resumo da abordagem humanista:
O Homem:
O homem é um ser mundano, um vir-a-ser, vivendo um processo de continua transformação e experimentação do seu ser, no aqui e agora, onde seu objetivo ultimo visa a autenticidade, autonomia, auto-realização e o uso pleno de suas potencias.
O mundo:
O mundo é subjetivo, a realidade não é objetiva, uma vez que na abordagem humanista tudo é centrado no sujeito, logo a realidade, o mundo é a percepção de como cada sujeito ver esse mundo, sendo mundos particulares e distintos de acordo com a percepção de cada pessoa, ou seja, a função do mundo assim seria de criar condições de expressão para o sujeito.
Sociedade-indivíduo:
O foco é no sujeito e não na sociedade, logo é essa que deve servir e se adequar as necessidades do indivíduo, não o contrario, possibilitando a liberdade dos sujeitos e não o controle e opressão, aonde cada sujeito seria responsáveis por suas ações, assim essa sociedade defendida pelo humanismo estaria baseada não nos valores de consumo, mas no ser, com o fim último de possibilitar humanos felizes e realizados.
O conhecimento:
A partir da experimentação pessoal e subjetiva que o conhecimento é construído, posto que é no experimentar que o homem conhece, aonde a percepção é a realidade humana, e é inerente o conhecimento ao homem, com sede de devir, buscando se potencializar, curioso e criativo.
A educação:
A educação centrada não no conhecimento escolar ou nas normas da sociedade, mas centrada na pessoa em amplo sentido, caracterizada assim pelo primado do sujeito, consistindo em uma educação democrática deixando a responsabilidade de aprendizagem aos próprios alunos, buscando sempre a autonomia, cabendo a educação possibilitar meios que permitam potencializar esses sujeitos e permitir tornarem-se pessoas responsáveis, autodeterminadas e com iniciativa, promovendo assim mudanças nos alunos.
A escola:
A escola deve respeitar o aluno em sua autenticidade, oferecendo meios para desenvolver suas capacidades, potencializando-o como um vir-a-ser, aonde exames não existem, aonde o centro é no aluno, e cada um é único em sua processo de aprendizagem, devendo essa escola ser regulada por uma autonomia democrática.
Ensino-aprendizagem:
O ensino-aprendizagem não utiliza o método diretivo, ou seja, trabalha conduzindo o aluno à sua própria experiência subjetiva para que ele possa estruturar-se e agir, no método de não diretividade não é previamente estruturado, aonde o professor se abastem de intervir diretamente mantendo uma atitude básica de respeito e confiança no aluno e suas potencialidades de vir-a-ser.
Professor-aluno:
Na abordagem humanista o professor, antes de tudo é um sujeito único com suas próprias experiências, sendo um facilitador do processo de aprendizagem do aluno, respeitando sua alteridade, mantendo sempre uma postura empática, compreensiva e sem apriores e de autenticidade.
Metodologia:
Nessa abordagem não existe ênfase na metodologia, não existem modelos de aprendizagem prévios, uma vez que é centrada no aluno, além de que cada professor desenvolver sua forma única de facilitar a aprendizagem do aluno, assim o foco é no clima do ambiente de aprendizagem de respeito incondicional, possibilitando liberdade para aprendizagem, não abole a transmissão de informações apenas se foca nas que sejam relevantes ao aluno e compreendidas como mutáveis.
Avaliação:
É incompatível com essa abordagem, além de quaisquer padronizações e estabelecimentos de valores exteriores e prévios, só sendo possível pensar na auto-avaliação uma vez que só o aluno saberá medir e avaliar sua aprendizagem, fruto de sua experimentação, que é um processo único e subjetivo como a realidade..
quinta-feira, 11 de junho de 2015
orientação profissional ( breve histórico)
Breve histórico da orientação vocacional e
profissional:
´ Um homem que trabalhou pro 45 anos gastou 94mil horas
no trabalho.
´O trabalhado influencia o desenvolvimento social e
psíquico do sujeito.
´O autoconceito está ligado tanto aos estudos como o
nível de satisfação e desempenho no trabalho.
´Pode escolher uma profissão é uma possibilidade apenas
na modernidade.
´Antigamente não existia uma escolha livre de profissão
era um determinação da camada social e pela família.
´Escolha vocacional determinada pelo nascimento.
´Aprendia o ofício em casa.
´
´“ [...] à escolha da profissão, não era vista,
propriamente, como um problema, uma vez que não existia muita diversificação
dos ofícios que poderiam ser exercidos.” ( Moura, 2011, p.11).
´Com a industrialização e agilidade do intercâmbio
comercial se pode pensar novos ofícios no século XIX. Possibilitando agora com
o novo regime burguês a escolha profissional. Com isso surgi a necessidade de
se orientar os sujeitos sobre suas escolhas.
´Nasceu em 1902 a psicologia vocacional no Centro de
Orientação Profissional em Munique.
Objetivo identificar as pessoas desprovidas de capacidade para fazer
determinadas atividades. Minimizando acidentes.
´Foco na atividade e não no desenvolvimento pessoal do
trabalhador.
´Com a segunda guerra mundial mudança de paradigma:
influencia da psicologia pessoal e dos testes e mudança na educação.
´
´1960- criada a Associação internacional de
orientadores escolares e profissionais- AIOSP.
´E em 1993 no Brasil criada a Associação brasileira de
orientação profissional, cujo objetivo é promover e organizar o desenvolvimento
cientifico e metodológico de orientação profissional no país.
´Dois tempos: Primeiro 1900 até 1950. Colocar o homem certo no lugar certo.
Objetivo era de encaixar as habilidades dos sujeitos as oportunidades
profissionais. Modalidade da psicologia do trabalho.
´Segundo tempo de 1950 até hoje. Separação com os
métodos psicométricos. Não usando bateria rígida de testes apenas. Pensando os
fatores sociais, afetivos envolvidos do trabalhador. Auxiliando com o
autoconhecimento na tomada de decisão das escolhas.
´Conceito de Orientação profissional:
´Consenso sobre o conceito de que: “ Orientação
profissional como um processo de fazer o individuo descobrir e usar suas
habilidades naturais e conhecer as fontes de treinamento disponíveis, a
fim de que consiga alcançar resultados
que tragam o máximo de proveito para si e para a sociedade.” (Moura, 2011, p.19)
´Auxiliar o individuo na escolha profissional.
´Atualmente é uma modalidade clínica.
´Campo teórico:
´Psicodinâmica.
´Corrente
decisional.
´Corrente
desenvolvimental.
Psicologia da aprendizagem ( Tradicional)
Nota
de Aula:
Abordagem
Tradicional
O
fenômeno educativo: é humano, histórico e multidimensional.
Mizukami(1986) estuda
esse fenômeno em uma perspectiva histórica critica. Nessa visão histórica das abordagens
educativas, devemos contextualizar e debater criticamente seus aspectos
fundamentais que constituem suas teorias.
Em cada abordagem se
prioriza alguns aspectos do processo de ensino-aprendizagem. Desse modo é
importante se atentar para a relação entre primado do sujeito, do objeto e a
interação sujeito-objeto.
Cada teoria do
conhecimento tem uma visão sobre essas relações que influenciam as abordagens
educacionais:
O Empirismo
foca no primado do objeto. O conhecimento
é copia do ambiente, que o homem incorpora. O homem é visto como uma tabula rasa. Aquisição do conhecimento é exógena.
O Nativismo foca
no primado do sujeito. O importante é o
sujeito, pois é ele que conhece, apreende.
Aquisição do conhecimento é endógeno.
O Interassionista:
o conhecimento é uma construção continua. Foco na interação sujeito meio. A
aquisição do conhecimento não é endógena nem exógena.
Abordagem
Tradicional:
Não existe uma teoria
direta na qual se baseia, mas de uma pratica ao longo da história do ensino. (empirista, exógena e primado do objeto)
Objetivo desse ensino é
conduzir o aluno para entrar em contato com as grandes realizações da
humanidade. O Professor é primordial nessa condução do saber.
Homem:
Adulto é um homem acabado, pois possui o conhecimento, já a criança é um adulto
em miniatura que precisa ser atualizado. É um receptor passivo.
Mundo: A
realidade é algo que será transmitido ao sujeito.
Sociedade-cultura:
Educação bancaria.
Conhecimento:
Inteligência é memória, armazenamento de dados.
Educação:
é instrução, ter informações. Educação é vertical hierárquica.
Escola:
transmitir informações.
Ensino-aprendizagem:
Alunos são conduzidos pelo professor.
Professor-aluno:
A relação professor aluno é vertical.
Metodologia:
ensino pela transmissão do patrimônio cultural.
Avaliação:
é realizada predominante visando a exatidão da reprodução do conteúdo
comunicado em sala de aula.
Referência:
MIZUKAMI,
Maria das Graças. Ensino: as
abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986
domingo, 26 de abril de 2015
Psicologia da Aprendizagem ( Ato de ensino)
Ato de ensino: um entrelaçar entre psicanálise e educação.
Ato, no paradigma da clínica psicanalítica, é o nome dado as intervenções do analista no processo de analise junto ao analisando. Quando fazemos esse elo entre psicanálise e educação, propomos buscar no ensino um ato, ou seja, fazer com que o sujeito (aluno) possa formular seu próprio saber, libertando-o do saber do Outro. A função do professore nessa abordagem não é apenas de repasse de informações, mas de construir um ato de ensino, com o qual possibilita ao seus alunos produzir um saber transformador e ético com seus desejos.
Segundo Sordi (2005), no campo psicanalítico a inteligência é definida não só apenas como uma capacidade de operar a realidade para auto-conservação, mas de criar uma realidade por meio dos seus próprios recursos: simbólico e imaginário. Assim o homem inteligente é aquele que tem compreensão de sua existência e vai a procura do seu próprio saber.
O sujeito:
Sujeito desejante, barrado, dividido.
O mundo:
*Três dimensões:
real-simbolico-imaginario.
*Realidade do sujeito:
É eminentemente de linguagem e sexualizando. (simbólico e imaginário)
Ensino aprendizagem:
Ao inserir os conceitos psicanalíticos na educação acerca do inconsciente, coloca-se o pressuposto, no campo educativo, da existência de um saber que o Eu nada sabe do mesmo, ou seja, um saber que não pode ser controlado. Ou melhor, afirma-se que existe um saber que não se saber, mas se sabe.
Entre informar e transmitir existe uma grande diferença. Mendonça Filho (1998) coloca que ao contrario de informar, a transmissão não se prende a um saber consciente, assim transmissão não pode ser entendida como um diálogo que se realiza plenamente entre o educador e educando. Desse modo, na transmissão as palavras não só são a expressão do que desejamos passar para o outro, como também a impossibilidade do aluno as compreender em suas totalidades. O Eu não conhecer outra realidade que não sua realidade interna, formulada dentro de seu campo relacional, ou seja, “apreendido a totalidade do objeto não passa de uma ilusão do Eu.”( p. 79)
Garcia (1998) afirma que o educador lida com transmissão do saber e o aluno movido pelo desejo de saber, uma vez que ele não tem o saber, coloca o professor na posição de suposto saber, recalcando a impossibilidade de plenitude do saber do mestre. Por meio desse desejo ocorre uma relação identificatória do aluno para o professor, ou seja, uma transferência.
Professor x Aluno:
Freud (1976) afirma que a relação professor aluno é marcada pela ambivalência (amor/ódio). Sendo muitas vezes substitutivos dos seus primeiros objetos amorosos (os pais). Mendonça Filho (1998) ressalta que a identidade do professor parte de dois pressupostos: ideal e real. Logo o ensino assim parte da premícia da relação da imagem ideal do professor para com a limitação do homem real. Ser professor é uma função.
Barros (2008) ressalta a importância de se foca nesse professor e seu desejo de sustentar esse lugar de educador. Assim como o aluno, o professor é um sujeito dividido e permeado por um fantasma.
Educação:
No campo da educação se colocam árduos jogos de força entre amor e ódio, entre a produção, criação e a destruição. É permeada por jogos de poder existentes na relação junto ao saber e sua transmissão. Educação é ética, respeitosa para com o outro e sobre tudo coerente, não anulando as diferenças para se massificar e alienar em um todo coeso e igual.
Referência Bibliográfica:
BARROS, J. B. Psicologia da educação : ensino- professor. Porto : Livpsic,2008
FREUD, S. Além do princípio do prazer. Rio de Janeiro : Imago, 1976.
Algumas reflexões sobre a psicologia do escolar. Rio de Janeiro :Imago, 1976.
O ego e o Id.. Rio de Janeiro : Imago,1976.
LOPES, E. M. T. (org) A psicanálise escuta e educação. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
MACIEL, M.R. Interface- Comunicação, Saúde, Educação v.9 n.17. Botucatu: MAR/AGO, 2005.
SORDI, R. O. A constituição da inteligência: uma abordagem psicanalítica. Psicologia: Reflexão e Crítica , 18. SET/DEZ de 2005.
terça-feira, 14 de abril de 2015
Psicologia do Desenvolvimento ( Educação Fisica / Pedagogia) Aula desenvolvimento psicossexual
Nota de aula:
Complexos de Castração e Édipo.
Fase Oral:
“A boca enorme engole
E suga
E chupa até a raiz
Sente na garganta
Respira fundo
Língua aflita
Lambe.” (FARIA,1990)
Fase Anal:
|
“Eu não sabia seque que cidade era
aquela.[…]
E logo eu também estava
perdido.
Caminhei a esmo, era a
manhã de uma quarta-feira e eu podia
ver o oceano ao sul.[…]
A merda estava preste a escorrer
para fora de mim.
Segui em direção ao
mar.”
(Charles Bukowski)
Fase Genital:
“É o mesmo que antes
Ou que da outra vez
Ou da vez anterior a essa.
Eis um pau
E eis uma boceta
E eis um problema.
A cada vez
Você pensa
Bem eu aprendi desta vez.”
(Charles Bukowski)
Referência
Bibliográfica:
BUKOWSKI, Charles. O
amor é um cão dos diabos. Porto Alegre: L&PM, 2007.
FARIA, Álvaro Alves de.
Lindas mulheres mortas. São Paulo: Traço, 1990.
Psicologia do desenvolvimento I ( Pedagogia) - Aula Pré-história da Criança
Nota de Aula:
Pré-história da
Criança
O que é um filho?
“Um
filho é, inicialmente, o desejo de um homem, o desejo de uma mulher e do
encontro desses dois desejos nascerá um terceiro desejo, desejo de vida que vai
encarnar no corpo do filho” (SZEJER ; STEWART. P.54)
A
criança é construída enquanto sujeito (humanizada, com significações), antes
mesmo do nascimento, no desejo de um pai
e uma mãe, desejos esses diferentes e muitas vezes conflitantes. Esses desejos de ter um filho têm infinitas
significações, as quais todas incidem
diretamente sobre o bebê, esse nasce carregando toda uma história antes mesmo
do seu nascimento. Esses desejos é o que chamamos de banho de linguagem.
Esse
banho não é consciente, mai inconsciente. Ele pre-existe antes do nascimento da
crianças, e as vezes antes mesmo da concepção da criança.
A
construção de um filho ( como significante, produzido por uma história, contexto,
desejo, formador de um sujeito) não acontece pelo encontro de um ovulo e espermatozóide,
mas antes de tudo pelo encontro de dois discurso carregado de significações de
uma Mãe e de um Pai.
Desse modo: “A partir de
todas essa palavras mais ou menos convergentes
e de todos esses não ditos, que se criam as bases das formações inconscientes,
que se tornam depois conscientes, a partir das quais toda nova vida pode ser
pensada.”( SZEJER ; STEWART. p.44)
Assim a criança já nasce
carregando consigo fantasmas, histórias, mortos, e não ditos de seus pais, os
quais a acompanharam ao longo da vida.
Para
se construir a pré-história de uma criança devemos nos fazer diversas
indagações, e todas essas são pertinentes para se compreender a formação desse
novo sujeito ( a criança).
Observar:
·
A
história do casal e da família.
·
Tem
irmão é qual na seqüência?
·
Que
criança deveria ser no imaginário dos pais?
·
Que
filho os pais sonhavam em ter?
·
O
filho é desejado ou negado?
·
Entre
outras questões pertinentes.
Por pior que sejam os
segredos devem ser ditos as crianças, mesmo sem os dizer sempre ecoam na
criança. O dito tem o poder de estrutura a criança, acalenta e diminui a
angustia do não saber, organiza assim um novo saber que irá acalmar a criança.
Já o não-dito destrói, desorganizar, potencializa e gera angustia. É melhor
dizer a criança as verdade que mascará-las.
O desejo inconsciente é
mais forte que todas as razões. Ele dilacera as razões, escapa e sempre é
comunicado mesmo que silenciosamente, sendo constitutivo da historia de cada
um.
Ter um filho implica em
uma ambivalência. Para realizar esse desejo, implica na renuncia de outro. Nem
sempre queremos pagar esse preço. A
questão é qual desejo é maior!?
Referência:
SZEJER,
Myruam; STEWART, Richard. Nove meses na
Vida da Mulher. São Paulo: Casa do Psicólogo. P-43-81.
sábado, 28 de março de 2015
Psicologia da Aprendizagem ( Ciencias biologicas) Aula II Abordagem cognitiva
Abordagem
Cognitiva:
Camila
Guimarães
Abordagem Cognitiva:
¢Cognitivista
é aquele que investiga os processos centrais do
individuo, tais como: organização do conhecimento,
processamento de informações, estilo de pensamento, comportamentos relativos à
tomada de decisão.
¢Essa
abordagem se propõe a estuda cientificamente a aprendizagem.
¢É uma
abordagem interassionista.
¢Homem
e Mundo:
¢Homem
e mundo são observados conjuntamente em suas relações. Aonde o conhecimento é produto da relação e
interação entre homem e objeto.
¢Inteligência:
forma de coordenação da ação a uma
nova situação.
¢Sociedade e cultura:
¢Enquanto
o homem caminha em prol de chegar ao raciocínio hipotético-dedutivo a sociedade caminha para a democracia,
implica a deliberação comum e
responsabilidade pelas regras que os indivíduos seguiram.
¢Para
uma democracia é preciso um respeito
mutuo ao outro, característico da autonomia.
Conhecimento:
¢Conhecimento
resultado da interação sujeito objeto. O
conhecimento é ativo. Conhecer algo é agir sobre e
o transformar.
ØPara
a aquisição do conhecimento tem dois estágios:
¢Exógeno:
repetição, constatação e copia.
¢Endógeno:
relações de combinações.
Educação:
¢O
processo educacional deve proporcionar situações desequilibradoras
para o aluno.
¢Escola:
¢ Diretrizes da escola construtivista:
trabalho de grupo, conseguir alto interesse pela tarefa (seja de fato
desequilibradora) e diretividade seqüencial que façam a criança operacionalizar
as informações se esforçando para encontrar um equilíbrio.
¢Ensino-
aprendizagem:
¢O
ensino é a organização dos dados da experiência, de forma a promover um nível
almejado de aprendizagem.
¢ Professor X Aluno:
¢O
professor deve possibilitar um ambiente desafiador ao aluno, além de
reciprocidade intelectual e cooperação
¢Avaliação:
¢A
avaliação deve está implicada na teoria, ou seja, investigar quais processos o
aluno realizou, como o fez, como anda seu esquema e
desenvolvimento.
¢Referências:
¢MIZUKAMI,
Maria das Graças. Ensino:
as abordagens do processo.São
Paulo: EPU, 1986. p . 59-84
Nota de Aula Desenvolvimento de Piaget:
·
Qual o objetivo da Teoria de
Piaget?
A grande preocupação da teoria é desvendar os mecanismos processuais do
pensamento do homem, desde o início da sua vida até a idade adulta.
Piaget sustenta que a gênese do conhecimento
está no próprio sujeito, ou seja, o pensamento lógico não é inato ou tampouco
externo ao organismo, mas é fundamentalmente construído na interação
homem-objeto.
·
O conceito de equilibração:
O conceito de equilibração torna-se especialmente marcante na teoria de Piaget,
pois ele representa o fundamento que explica todo o processo do desenvolvimento
humano. Trata-se de um fenômeno que tem,
em sua essência, um caráter universal, já que é de igual ocorrência para
todos os indivíduos da espécie humana, mas que pode sofrer variações em função
de conteúdos culturais do meio em que o indivíduo está inserido.
O equilíbrio é o norte que o organismo almeja
mas que paradoxalmente nunca alcança, haja vista que no processo de interação podem ocorrer desajustes do meio ambiente que rompem com o
estado de equilíbrio do organismo, eliciando esforços para que a adaptação
se restabeleça. Essa busca do organismo
por novas formas de adaptação envolvem dois mecanismos que apesar de
distintos são indissociáveis e que se complementam: a assimilação e a acomodação.
·
A assimilação:
Consiste
na tentativa do indivíduo em solucionar
uma determinada situação a partir da estrutura cognitiva que ele possui
naquele momento específico da sua existência. Representa um processo contínuo
na medida em que o indivíduo está em constante atividade de interpretação da
realidade que o rodeia e, conseqüentemente, tendo que se adaptar a ela. Como o processo de assimilação representa sempre
uma tentativa de integração de aspectos experienciais aos esquemas previamente
estruturados, ao entrar em contato com o objeto do conhecimento o indivíduo
busca retirar dele as informações que lhe interessam deixando outras que não
lhe são tão importantes, visando sempre a restabelecer a equilibração do
organismo.
·
A acomodação:
Consiste na capacidade de modificação da
estrutura mental antiga para dar conta de dominar um novo objeto do
conhecimento. Quer dizer, a
acomodação representa "o momento da ação do objeto sobre o
sujeito" emergindo, portanto, como
o elemento complementar das interações sujeito-objeto. Em síntese, toda
experiência é assimilada a uma estrutura de idéias já existentes
(esquemas) podendo provocar uma transformação nesses esquemas, ou seja, gerando
um processo de acomodação.
·
Estágios do desenvolvimento:
Esquema é uma forma específica de
organizar o pensamento. Existe quatro Esquemas bases de Piaget. Todas as
pessoas passam por esses estágios, aonde para chegar no estágio avançado é
necessário passar pelo anterior. Para se alcançar um outro esquema ou estágio é
preciso:
Assimilação
– acomodação (ocorrendo entre eles um desequilíbrio)
Cada estágio tem um período básico para
cada esquema (normal) com faixa etárias, essas não são fixas podendo ter uma
folga de 2 anos, que a pessoas estarão dentro da normalidade. Só depois desses
dois anos a mais é problemática a situação.
·
Desenvolvimento Cognitivo:
1- Sensório motor: (0-2)
Reflexo-reação
Conservação
do objeto
Olhar
na direção do som
Nota:
Forma
da criança pensar não é linguística, não é uma forma elaborada de raciocínio,
sim física. Organizar o que cheira, sente e o motor. Percebe a realidade e agi
fisicamente sobre a realidade. Não modifica muito o meio, posição passiva. Atua
no reflexo e reação. Só entra no esquema o que ela percebe ou agi sobre a
coisa. Se não ver o objeto (não encaixa no esquema) Olha na direção do objeto
-> está aprendendo isso.
2- Pré-operatório: (2-7)
Realismo
nominal
Egocentrismo
Animismo
Conservação
de sólido e líquido.
Seriação
(5 anos)
Classificação
(7 anos)
Notas:
Mais
complexo. Operatório é no sentido de ação, pré-ação. Quando tudo aqui for
alcançado vai está na operações concretas. Esse é o estágio pré-manipulatorio.
A
linguagem é presa ao objeto. A palavra tem direção direta com a realidade,
realidade ao nome das coisas, não crê que possa existir só no simbólico.
Egocentrismo
(ela é o centro do mundo, sempre sua referencia)
Animismo
( alma) atribui vida a coisas que não tem. “A cadeira é má.”
Aprende
a conservação do sólido e líquido: não percebe antes que a quantidade não muda
com a modificação da forma. Não depende da forma. Aprende que se conserva a
quantidade.
Não
entende a seriação ( contar os números) só com 5 anos. Já a classificação com 7
anos, as coisas pertencem a grupos.
Ao
aprender tudo isso a criança passa de estagio.
3- Operações concretas: (7-12)
Classes
e subclasses
Relação
Notas:
A
divisão de classes em outras pequenas classes se dá nesse nível. Fazer
operações mentais sobre objetos, dês que esses sejam minimamente concertos.
Trabalha com pasta e subpastas. Estabelece relações entre elas.
Tem
de ter relação direta e concreta com a realidade, tem de visualizar.
4- Operações formais: (12- …)
Raciocínio
hipotético-dedutivo
Formas
X conteúdo.
Notas:
A
forma prevalece sobre o conteúdo. Não precisa do auxílio da realidade.
Questiona a forma do argumento e não a veracidade dos fatos.
Ciência
se encaixa aqui com o raciocínio hipotético-dedutivo Você pensa no se
(hipótese) como se fosse verdade e não na realidade. Raciocínio sobre o
raciocínio e não sobre a realidade.
·
Desenvolvimento Moral:
1-Anomia:
Ausência
de lei, ocorre no sensório motor. Ocorre também no egocentrismo não ver o ponto
de vista do outro, porque não os ver.
2-Heteronomia:
Segue
a lei do outro, não cria a lei, não produz, mas a segue. Ou seja, não entende o
principio só as lei, por isso não produz. Para produzir a lei tem de está na
fase de operações formais. Nesse estágio não ver o por trás da lei, o que a
sustenta e regula.
3-Autonomia:
Você
faz a lei. Ocorre nas operações formais, entende os princípios que regem as
leis e você se regula e as cria. Só 1/3
das pessoas chegam a pensar assim no ocidente. Na autonomia sabe fazer a regra,
não precisa que lhe der regras.
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