Nota
de aula:
Práticas
psicanalíticas e os processos de subjetivação da sociedade contemporânea.
Ninguém
vê onde chegamos:
Os assassinos estão livres, nós não estamos.
Os assassinos estão livres, nós não estamos.
Vamos
sair - mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos estão procurando emprego
Voltamos a viver como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas.
Os meus amigos todos estão procurando emprego
Voltamos a viver como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas.
Vamos
lá, tudo bem - eu só quero me divertir.
Esquecer, dessa noite ter um lugar legal p'rá ir
Já entregamos o alvo e a artilharia
Comparamos nossas vidas
E esperamos que um dia
Nossas vidas possam se encontrar.
Esquecer, dessa noite ter um lugar legal p'rá ir
Já entregamos o alvo e a artilharia
Comparamos nossas vidas
E esperamos que um dia
Nossas vidas possam se encontrar.
Quando
me vi tendo de viver comigo apenas
E com o mundo
Você me veio como um sonho bom
E me assustei
E com o mundo
Você me veio como um sonho bom
E me assustei
Não
sou perfeito
Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo, eu, homem feito
Tive medo e não consegui dormir.
Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo, eu, homem feito
Tive medo e não consegui dormir.
Comparamos
nossas vidas
E mesmo assim, não tenho pena de ninguém.
E mesmo assim, não tenho pena de ninguém.
(Renato
Russo)
Sociedade contemporânea:
Através de Deleuze (1992) é possível se
pensar a contemporaneidade não como uma rompimento do poder disciplinar, mas
como transformação e refinamento do mesmo na sociedade de controle e seus novos
arranjos de poder. Na qual os muros das instituições caíram. O que não diminuiu
em nada o poder e o domínio, apenas as técnicas se reatualizaram. A disciplina
vem do paradigma moderno e industrial e o controle da pós modernidade e da
empresa. Temos agora de pensar nos dispositivos de gozo.
Danziato (2010) apresenta a reflexão da
possibilidade de mudança da relação do sujeito com o corpo e com o sexo com
essas mudanças de investimento político, gerando uma economia de gozo do corpo.
As consequências na subjetivação atual da contemporaneidade é uma intensificação
desse gozo do corpo, em uma capitalização do mais de gozar, esse resto de gozo,
esse pedaço de real. Ideia retirada do
paradigma lacaniano da relação da mais valia com o mais de gozar.
Discurso do Capitalismo: imperativo
do mais de gozar
Mal- Estar na Atualidade:
Birman (2002) fala em sua obra que hoje temos
novas formas de subjetivações, que inscreve um novo campo no mal-estar na atualidade.
Pensar no mal-estar na sociedade é buscar os destinos do desejo, formatado na
crise entre a pulsão singular e o processor civilizador geral. A sociedade tem
em si mesmo uma condição trágica em sua formação. Nessa crise, necessária para
a fundação da sociedade, é a repressão de pulsões. O discurso da ciência vem no
lugar da fala dos deuses, ou seja, hoje temos uma supremacia da racionalidade e
um esvaziamento dos deuses.
Psicanálise:
O discurso da psicanálise é a divisão do
sujeito, não se busca a felicidade ou satisfação plena. Não há um
condicionamento do sujeito. Discurso esse que vem se contrapor ao discurso
predominante da sociedade contemporânea que é o capitalista do bio-pode. Foucault afirma que a subjetivação é inibida
e produzida pela historicidade.
Ética do desejo e aceitação da falta como
fundante da estrutura. A impossibilidade de apreender toda a verdade. Universo
do não-todo.
Referência:
Birman.
J. (2002) Mal-estar na atualidade: A psicanálise e as novas formas de subjetivação. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira.
Deleuze,
G. (1992) Post-scriptum sobre a sociedade de controle. In: Conversações.
Rio de Janeiro: ed 34.
Danziato,
L. (2010) O dispositivo de Gozo na Sociedade do controle. Revista Psicologia
e sociedade.
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