quarta-feira, 17 de junho de 2015

Aula dia 17 de junho

Devido a paralisação dos ônibus e questões pessoais não vai ter aula hoje de psicologia da aprendizagem e orientação profissional.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Psicologia da aprendizagem ( abordagem humanista)

Resumo da abordagem humanista:

O Homem:
O homem é um ser mundano, um vir-a-ser, vivendo um processo de continua transformação e experimentação do seu ser, no aqui e agora, onde seu objetivo ultimo visa a autenticidade, autonomia, auto-realização e o uso pleno de suas potencias.
O mundo:
            O mundo é subjetivo, a realidade não é objetiva, uma vez que na abordagem humanista tudo é centrado no sujeito, logo a realidade, o mundo é a percepção de como cada sujeito ver esse mundo, sendo mundos particulares e distintos de acordo com a percepção de cada pessoa, ou seja, a função do mundo assim seria de criar condições de expressão para o sujeito.
Sociedade-indivíduo:
            O foco é no sujeito e não na sociedade, logo é essa que deve servir e se adequar as necessidades do indivíduo, não o contrario, possibilitando a liberdade dos sujeitos e não o controle e opressão, aonde cada sujeito seria responsáveis por suas ações, assim essa sociedade defendida pelo humanismo estaria baseada não nos valores de consumo, mas no ser, com o fim último de possibilitar humanos felizes e realizados.   
O conhecimento:
            A partir da experimentação pessoal e subjetiva que o conhecimento é construído, posto que é no experimentar que o homem conhece, aonde a percepção é a realidade humana, e é inerente o conhecimento ao homem, com sede de devir, buscando se potencializar, curioso e criativo.
A educação:
            A educação centrada não no conhecimento escolar ou nas normas da sociedade, mas centrada na pessoa em amplo sentido, caracterizada assim pelo primado do sujeito, consistindo em uma educação democrática deixando a responsabilidade de aprendizagem aos próprios alunos, buscando sempre a autonomia, cabendo a educação possibilitar meios que permitam potencializar esses sujeitos e permitir tornarem-se pessoas responsáveis, autodeterminadas e com iniciativa, promovendo assim mudanças nos alunos.
A escola:
            A escola deve respeitar o aluno em sua autenticidade, oferecendo meios para desenvolver suas capacidades, potencializando-o como um vir-a-ser, aonde exames não existem, aonde o centro é no aluno, e cada um é único em sua processo de aprendizagem, devendo essa escola ser regulada por uma autonomia democrática.
Ensino-aprendizagem:
            O ensino-aprendizagem não utiliza o método diretivo, ou seja, trabalha conduzindo o aluno à sua própria experiência subjetiva para que ele possa estruturar-se e agir, no método de não diretividade não é previamente estruturado, aonde o professor se abastem de intervir diretamente mantendo uma atitude básica de respeito e confiança no aluno e suas potencialidades de vir-a-ser. 
Professor-aluno:
            Na abordagem humanista o professor, antes de tudo é um sujeito único com suas próprias experiências, sendo um facilitador do processo de aprendizagem do aluno, respeitando sua alteridade, mantendo sempre uma postura empática, compreensiva e sem apriores e de autenticidade.
Metodologia:
            Nessa abordagem não existe ênfase na metodologia, não existem modelos de aprendizagem prévios, uma vez que é centrada no aluno, além de que cada professor desenvolver sua forma única de facilitar a aprendizagem do aluno, assim o foco é no clima do ambiente de aprendizagem de respeito incondicional, possibilitando liberdade para aprendizagem, não abole a transmissão de informações apenas se foca nas que sejam relevantes ao aluno e compreendidas como mutáveis.
Avaliação:
            É incompatível com essa abordagem, além de quaisquer padronizações e estabelecimentos de valores exteriores e prévios, só sendo possível pensar na auto-avaliação uma vez que só o aluno saberá medir e avaliar sua aprendizagem, fruto de sua experimentação, que é um processo único e subjetivo como a realidade..

quinta-feira, 11 de junho de 2015

orientação profissional ( breve histórico)

Breve histórico da orientação vocacional e profissional:
´ Um homem que trabalhou pro 45 anos gastou 94mil horas no trabalho.
´O trabalhado influencia o desenvolvimento social e psíquico do sujeito.
´O autoconceito está ligado tanto aos estudos como o nível de satisfação e desempenho no trabalho.
´Pode escolher uma profissão é uma possibilidade apenas na modernidade.
´Antigamente não existia uma escolha livre de profissão era um determinação da camada social e pela família.
´Escolha vocacional determinada pelo nascimento.
´Aprendia o ofício em casa.
´
´“ [...] à escolha da profissão, não era vista, propriamente, como um problema, uma vez que não existia muita diversificação dos ofícios que poderiam ser exercidos.” ( Moura, 2011, p.11).
´Com a industrialização e agilidade do intercâmbio comercial se pode pensar novos ofícios no século XIX. Possibilitando agora com o novo regime burguês a escolha profissional. Com isso surgi a necessidade de se orientar os sujeitos sobre suas escolhas.
´Nasceu em 1902 a psicologia vocacional no Centro de Orientação Profissional em Munique.  Objetivo identificar as pessoas desprovidas de capacidade para fazer determinadas atividades. Minimizando acidentes.
´Foco na atividade e não no desenvolvimento pessoal do trabalhador.
´Com a segunda guerra mundial mudança de paradigma: influencia da psicologia pessoal e dos testes e mudança na educação.
´
´1960- criada a Associação internacional de orientadores escolares e profissionais- AIOSP.
´E em 1993 no Brasil criada a Associação brasileira de orientação profissional, cujo objetivo é promover e organizar o desenvolvimento cientifico e metodológico de orientação profissional no país.
´Dois tempos: Primeiro 1900 até 1950.  Colocar o homem certo no lugar certo. Objetivo era de encaixar as habilidades dos sujeitos as oportunidades profissionais. Modalidade da psicologia do trabalho.
´Segundo tempo de 1950 até hoje. Separação com os métodos psicométricos. Não usando bateria rígida de testes apenas. Pensando os fatores sociais, afetivos envolvidos do trabalhador. Auxiliando com o autoconhecimento na tomada de decisão das escolhas.
´Conceito de Orientação profissional:
´Consenso sobre o conceito de que: “ Orientação profissional como um processo de fazer o individuo descobrir e usar suas habilidades naturais e conhecer as fontes de treinamento disponíveis, a fim  de que consiga alcançar resultados que tragam o máximo de proveito para si e para a sociedade.” (Moura, 2011, p.19)
´Auxiliar o individuo na escolha profissional.
´Atualmente é uma modalidade clínica.
´Campo teórico:
´Psicodinâmica.
´Corrente decisional.
´Corrente desenvolvimental.


Psicologia da aprendizagem ( Tradicional)

Nota de Aula:
Abordagem Tradicional


O fenômeno educativo: é humano, histórico e multidimensional.
Mizukami(1986) estuda esse fenômeno em uma perspectiva histórica critica.  Nessa visão histórica das abordagens educativas, devemos contextualizar e debater criticamente seus aspectos fundamentais que constituem suas teorias.
Em cada abordagem se prioriza alguns aspectos do processo de ensino-aprendizagem. Desse modo é importante se atentar para a relação entre primado do sujeito, do objeto e a interação sujeito-objeto.
Cada teoria do conhecimento tem uma visão sobre essas relações que influenciam as abordagens educacionais:
O Empirismo foca no primado do objeto.  O conhecimento é copia do ambiente, que o homem incorpora.  O homem é visto como uma tabula rasa. Aquisição do conhecimento é exógena.
O Nativismo foca no primado do sujeito.  O importante é o sujeito, pois é ele que conhece, apreende.  Aquisição do conhecimento é endógeno.
O Interassionista: o conhecimento é uma construção continua. Foco na interação sujeito meio. A aquisição do conhecimento não é endógena nem exógena.

Abordagem Tradicional:

Não existe uma teoria direta na qual se baseia, mas de uma pratica ao longo da história do ensino.  (empirista, exógena e primado do objeto)
Objetivo desse ensino é conduzir o aluno para entrar em contato com as grandes realizações da humanidade. O Professor é primordial nessa condução do saber.
Homem: Adulto é um homem acabado, pois possui o conhecimento, já a criança é um adulto em miniatura que precisa ser atualizado. É um receptor passivo.
Mundo: A realidade é algo que será transmitido ao sujeito.
Sociedade-cultura: Educação bancaria.
Conhecimento: Inteligência é memória, armazenamento de dados.
Educação: é instrução, ter informações. Educação é vertical hierárquica.
Escola: transmitir informações.
Ensino-aprendizagem: Alunos são conduzidos pelo professor.
Professor-aluno: A relação professor aluno é vertical.
Metodologia: ensino pela transmissão do patrimônio cultural.
Avaliação: é realizada predominante visando a exatidão da reprodução do conteúdo comunicado em sala de aula.

Referência:

MIZUKAMI, Maria das Graças. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986

domingo, 26 de abril de 2015

Psicologia da Aprendizagem ( Ato de ensino)


Ato de ensino: um entrelaçar entre psicanálise e educação.


            Ato, no paradigma da clínica psicanalítica, é o nome dado as intervenções do analista no processo de analise junto ao analisando. Quando fazemos esse elo entre psicanálise e educação, propomos buscar no ensino um ato, ou seja, fazer com que o sujeito (aluno) possa formular seu próprio saber, libertando-o do saber do Outro. A função do professore nessa abordagem não é apenas de repasse de informações, mas de construir um ato de ensino, com o qual possibilita ao seus alunos produzir um saber transformador e ético com seus desejos.

Segundo Sordi (2005), no campo psicanalítico a inteligência é definida não só apenas como uma capacidade de operar a realidade para auto-conservação, mas de criar uma realidade por meio dos seus próprios recursos: simbólico e imaginário. Assim o homem inteligente é aquele que tem compreensão de sua existência e vai a procura do seu próprio saber.

O sujeito:

Sujeito desejante, barrado, dividido.

O mundo:

*Três dimensões:

 real-simbolico-imaginario.

*Realidade do sujeito:

É eminentemente de linguagem e sexualizando. (simbólico e imaginário)



Ensino aprendizagem:

Ao inserir os conceitos psicanalíticos na educação acerca do inconsciente, coloca-se o pressuposto, no campo educativo, da existência de um saber que o Eu nada sabe do mesmo, ou seja, um saber que não pode ser controlado. Ou melhor, afirma-se que existe um saber que não se saber, mas se sabe.

Entre informar e transmitir existe uma grande diferença. Mendonça Filho (1998)  coloca que ao contrario de informar, a transmissão não se prende a um saber consciente, assim transmissão não pode ser entendida como um diálogo que se realiza plenamente entre o educador e educando. Desse modo, na transmissão as palavras não só são a expressão do que desejamos passar para o outro, como também a impossibilidade do aluno as compreender em suas totalidades. O Eu não conhecer outra realidade que não sua realidade interna, formulada dentro de seu campo relacional, ou seja, “apreendido a totalidade do objeto não passa de uma ilusão do Eu.”( p. 79)

      Garcia (1998) afirma que o educador lida com transmissão do saber e o aluno movido pelo desejo de saber, uma vez que ele não tem o saber, coloca o professor na posição de suposto saber, recalcando a impossibilidade de plenitude do saber do mestre. Por meio desse desejo ocorre uma relação identificatória do aluno para o professor, ou seja, uma transferência.

      Professor x Aluno:

Freud (1976) afirma que a relação professor aluno é marcada pela ambivalência (amor/ódio). Sendo muitas vezes substitutivos dos seus primeiros objetos amorosos (os pais). Mendonça Filho (1998) ressalta que a identidade do professor parte de dois pressupostos: ideal e real. Logo o ensino assim parte da premícia da relação da imagem ideal do professor para com a limitação do homem real. Ser professor é uma função.

      Barros (2008) ressalta a importância de se foca nesse professor e seu desejo de sustentar esse lugar de educador. Assim como o aluno, o professor é um sujeito dividido e permeado por um fantasma.  

Educação:

No campo da educação se colocam árduos jogos de força entre amor e ódio, entre a produção, criação e a destruição. É permeada por jogos de poder existentes na relação junto ao saber e sua transmissão. Educação é ética, respeitosa para com o outro e sobre tudo coerente, não anulando as diferenças para se massificar e alienar em um todo coeso e igual.

Referência Bibliográfica:

BARROS, J. B.  Psicologia da educação : ensino- professor. Porto : Livpsic,2008

FREUD, S.  Além do princípio do prazer. Rio de Janeiro : Imago, 1976.

                    Algumas reflexões sobre a psicologia do escolar. Rio de Janeiro :Imago, 1976.

                    O ego e o Id.. Rio de Janeiro : Imago,1976.

LOPES, E. M. T. (org) A psicanálise escuta e educação. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

MACIEL, M.R. Interface- Comunicação, Saúde, Educação v.9 n.17. Botucatu: MAR/AGO, 2005.

SORDI, R. O. A constituição da inteligência: uma abordagem psicanalítica. Psicologia: Reflexão e Crítica , 18. SET/DEZ de 2005.