sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Dinâmica de Grupo ( aula II: identificação)


Nota de Aula: Identificação




“Termo empregado em psicanálise para designar o processo central pelo qual o sujeito se constitui e se transforma, assimilando ou se apropriando, em momentos chaves de sua evolução, dos aspectos, atribuídos ou traços dos seres humanos que o cercam”(ROUDINESCO; PLON, 1998.p. 363)


Existem varias interpretações no meio psicanalítico sobre a identificação.

 De modo geral na obra de Freud é entendida como um desejo recalcado (inconsciente) de agir ou ser como alguém.

A identificação pode acontecer também de forma grupal, se identifica uma única pessoa com a totalidade de um grupo, no caso o líder. Uma identificação como uma única pessoa pode conter vários traços de varias pessoas.



Freud nos fala de Três Identificações:



Primeira: o de incorporar da criança na fase oral, pré-edipica. No modelo canibalesco. Devora o desejado.

Segunda: identificação regressiva, é o que acontece, com o sintoma histérico, se imita um sintoma da pessoa investida libidinalmente. Pegando um único traço da pessoa. Identificação recai na escolha de um objeto que leva a outro.   



Exemplo de Identificação:

(Livro interpretação dos Sonhos)

Uma mulher deseja que o desejo da amiga de engordar não se realize, para que essa não seduza seu marido, que tem fraco por mulher de carnes. Marido açougueiro.  No sonho dessa mulher ela não tem o desejo realizado: Ela se ver emagrecendo. Ela se identificou com a amiga, e sonha que lhe acontece o que deseja ver sucedido com a amiga. Ocorrendo um traço na vida real na sua ojeriza a comer caviar. 


Terceira: Que é a vontade ou tentativa de se colocar em uma situação idêntica a do outro, viver como ele vive. Como no contexto da comunidade de vivenciar um lugar espaço, que liga todos a um contexto, pelo objetivo se sentem identificados, membros de uma coletividade.





Lacan nos fala de Duas Identificações:

Para esse autor a identificação de forma geral é sempre de um traço unitário. Onde o primeiro traço na cadeia de significação é do nome-próprio.

As outras identificações são:

Primaria: ocorre com esse pai simbólico, com as leis, com o mundo da linguagem. 


Secunda: é a histeria, aquela se coloca como desejo do desejo do outro. Marcando a dependência do sujeito com o outro. (Que queres?)



Referências:



MOSCOVITZ, Jean Jacques; GRANCHER, Philippe; Para que serve uma análise?  Rio de Janeiro: Zahar, 1991.
ROUDINESCO, Elisabethe; PLON, Michel. Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar. 1991

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